Colégio João
Benedito de Barros, 1° dia de aula, estar em uma escola nova é tão cansativo,
ainda por cima o cargo que essa escola carrega, sendo uma das melhores do país!
Segundo o que a diretora disse, alunos com notas baixas são obrigados a fazer
um teste e se não passarem são expulsos da escola, não importando se estão
pagando, é bem rígido as disciplinas e as regras também.
- Muito bem
Gabriel, se cuida, e presta atenção no que seu professor fala, sabe o quanto
foi difícil conseguir uma vaga nessa escola.
- Está bem
mãe, pode deixar e já pode ir, que eu sei me virar.
- Ok, até a
noite em casa. Beijo.
Enquanto
Gabriel saía do carro percebeu um cheiro muito ruím, como se tivesse algo podre
ali, mesmo assim ele foi em direção a secretaria para falar com a diretora.
- Com
licença, gostaria de falar com a diretora.
- Só um
minuto, é aluno novo? – Fala a mulher na secretária que estava no telefone.
- Sim.
- Então
entre, ela está naquela sala ali ao lado.
- Está bem,
obrigada.
Gabriel
entra na sala para falar com a diretora que no momento olhava para a janela que
dava no pátio por onde os alunos entravam na escola.
- Licença.
- Oi, entre.
- Você é a
diretora?
- Sim, e
você? Quem é?
- Sou
Gabriel, aluno novo.
- Ah, um
aluno novo, pois bem, veio buscar o bilhete para os professores, correto?
- Sim, e
também gostaria de saber qual a minha sala.
- Claro,
deixe me ver aqui. – A mulher abre uma pasta e começa a olhar os nomes.
- Pois bem,
Gabriel Rodriguez certo?
- Isso.
- 1° D –
Sala 25, deixe me ver... Fica nesse andar, quando sair é só ir pra esquerda a
terceira sala.
- Obrigado.
- De nada e
bem-vindo a nossa escola.
Gabriel sai
da sala da diretora e vai em direção ao corredor, onde vê vários alunos
entrando em suas salas, enquanto anda em direção a sala 25, onde fica sua turma.
Ao chegar a sala, Gabriel bate na porta.
- Com
licença, posso entrar?
- Ora, Ora,
aluno novo? – Pergunta o professor.
- Sim.
- E qual é o
seu nome “aluno novo”?
- Gabriel...
Gabriel Rodriguez.
- Turma,
Turma; temos mais um aluno novo esse ano. Seu nome é Gabriel, cumprimentem-o.
- E ai
Gabriel. E ai. Fala ai. Opa. – Falam os alunos da sala.
Gabriel vai
até uma carteira no fundo e senta.
- Então você
é o Gabriel? – Pergunta a garota que sentava na sua frente.
- Sim, e
você quem é?
- Raffaela,
mais pode me chamar de Raffa apenas.
- Muito
prazer Raffa, posso lhe pedir uma coisa?
- Claro!
Pode pedir.
- Então, na
hora do intervalo, sera que você pode me mostrar a escola?
- Com todo
prazer, vou mostrar sim a você nossa escola!
- Mais que rápido, aluno novo e já ta dando
ideia na Raffa. – Fala um garoto que estava sentando ao lado de Gabriel.
- Cala boca
Michael, ele só me pediu pra que eu mostra a ele a escola, nada demais.
- Aham,
sei... vai mostrar algo mais? – Fala Michael
- Ai será
que dá pra vocês ficarem quetos? To tentando me concentrar! – Fala um outro
garoto sentado por perto.
- Ai Felipe,
não finja estar fazendo lição, nós te conhecemos! – Fala Michael
- Ai seus
idiotas, virem pra frente, vamos prestar atenção. – Fala Raffaela
- Espera,
como é o nome do professor? – Pergunta Gabriel.
- Não sei,
acho que é Patrick. – Responde Raffa.
- E é aula
do que?
- Física. –
Responde Felipe.
- Valeu.
A aula
estava passando e a sala onde Gabriel estava era queta e o professor falava
bastante, o sono e a desconcentração de Gabriel era visível, até que ele cair
com a cara na carteira e dormir.
- EI!
GABRIEL! ACORDA! – Fala Raffaela balançando Gabriel.
- Oi? NOSSA!
Dormi mesmo! Em que aula estamos?
- Já é hora
do intervalo, vamos! Estão todos saindo já!
- Nossa e
ninguém me viu dormir?
- Não, todos
aqui se concentram pra passar de ano! De qualquer forma vem!
- Está bem.
Os dois
começam a andar pelos corredores, e Rafaela mostra a escola para Gabriel, que
era muito grande.
- Nossa,
essa escola é grande pra caralho!
- Pois é, mais
logo você se acostuma e decora os lugares.
- Espero,
pois não quero me perder aqui não! – Fala Gabriel em um tom sarcástico.
- Nossa já
são 12:45! Daqui a pouco vai dar o sinal pra voltarmos pra sala, melhor a gente
ir almoçar. – Fala Raffaela, enquanto olha pra o relógio em seu pulso.
- Nossa, que
horas que vamos embora então?
- Como hoje
é o primeiro dia a aula acaba só 17:30, mais é só hoje, amanhã já volta ao
normal, que é acabar 15:30.
- Nossa que
tédio, vamos lá almoçar então, que a fome ta foda aqui.
Gabriel e
Raffaela vão até o pátio onde fica o refeitório e almoçam. No instante em que
eles terminam de comer o sinal para ir para a sala toca, e os dois correm até a
sala, que fica longe do pátio.
- Caramba,
essa sala nossa aqui é bem longe do pátio! – Reclama Gabriel.
- Muito
azar, queria ter caído em uma sala mais perto do pátio. – Fala Raffaela.
Quando os
dois chegam na sala, todos os outros alunos já estavam sentados em seus
lugares, mais o professor ainda não havia chegado. Então Gabriel pergunta:
- Esqueci de
perguntar, quantos professores a gente já teve hoje?
- 3!
- Caramba,
dormi mesmo aquela hora.
-Sim,
hahaahahahahaha. – fala Raffaela rindo.
- Ai vocês
dois falando de novo? – Fala Michael.
- Fica na
sua Michael seu chato. – Fala Raffaela brava.
- Menina,
você não sabe com quem tá falando!
- To morrendo
de você seu baixinho narigudo! – Responde Raffaela
-
HAHAHAHAAHAHAHAHA, toma essa ai Michael – Fala Felipe rindo da cara de Michael.
No mesmo
instante o professor entra na sala.
- Espera ai
aquele baixinho ali é o professor? – Pergunta Gabriel.
- Não sei
acho que é. – Responde Raffaela rindo.
- Muito bem
turma, eu sou seu novo professor de Português, e eu me chamo Ean César, sou
novo aqui nessa escola, então por favor, vamos colaborar comigo ai, que eu to
perdido ainda.
- Firmeza
professor, se precisar só falar! – Responde um garoto sentado na primeira
carteira do canto.
A aula
seguia, e de novo Gabriel havia se distraído, sem nem perceber, dois
professores já haviam passado na sala, e já era mais de 15:00.
- Ei
Gabriel! Tá sonhando acordado ai?
- Oi? Eita!
Pior que tava... – Enquanto Gabriel terminava de falar um estrondo bem alto
veio de fora da sala.
- O que foi
isso? – Pergunta Felipe.
- Sei não,
alguém deve ter derrubado alguma coisa lá no pátio. – Responde Michael
- Uma coisa
muito grande, porque o estrondo foi grande.
- Ei
pessoal, vamos continuar a aula? Depois vocês discutem sobre esse barulho. –
Fala o professor que via em direção a lousa e começa a escrever.
Todos
ficaram quetos e voltaram a escrever, inclusive Gabriel, que finalmente havia
se concentrado. Já era 16:00, estavam na aula de Matemática, e o professor
explicava a matéria, quando ouviram várias pessoas falando fora da sala:
- O que está
acontecendo nessa escola? Os alunos estão todos enlouquecendo, desse jeito
nunca vamos tornar essa escola a melhor do país! – Fala uma voz feminina.
No mesmo
instante as luzes começaram a piscar, e continuaram durando mais de 10 minutos,
mesmo assim ninguém achou ruim, pensando que era apenas a luz que estava
prestes a queimar.
- Tem algo
muito estranho acontecendo nessa escola, eu estou sentindo isso. – Cochicha
Gabriel para Raffaela.
- Impressão
sua, deve ser só o stress de escola nova.
- Não é, eu
tenho certeza que tem algo errado aqui.
- Fica calmo
já está acabando a aula e você vai ver que está tudo indo perfeitamente bem.
- Tudo bem
mais eu ainda acho que tem algo errado.
Quando o
sinal bateu pra encerrar as aulas, todos se levantaram para ir embora, e quando
saíram no corredor todas as luzes da escola haviam se apagado, e gritos,
estrôndos, sons horríveis podia se ouvir vindo do pátio, e dos outros
corredores.
- Socorro!
Tem algo errado com os alunos do 2° A estão todos tentando se matar na sala!
O desespero
de todos os alunos resultou em confusão em toda escola, que estava totalmente
trancada, todas as portas e janelas estavam trancadas, ninguém saía e ninguém
entrava.
Fim da Primeira Parte.
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