domingo, 18 de novembro de 2012

A Morte é só uma Questão de Tempo, Parte I

E a partir de hoje se inicia um novo conto, dessa vez usando personagens reais, espero que gostei e não se esqueçam de curtir o post depois que lerem.




Colégio João Benedito de Barros, 1° dia de aula, estar em uma escola nova é tão cansativo, ainda por cima o cargo que essa escola carrega, sendo uma das melhores do país! Segundo o que a diretora disse, alunos com notas baixas são obrigados a fazer um teste e se não passarem são expulsos da escola, não importando se estão pagando, é bem rígido as disciplinas e as regras também.

- Muito bem Gabriel, se cuida, e presta atenção no que seu professor fala, sabe o quanto foi difícil conseguir uma vaga nessa escola.

- Está bem mãe, pode deixar e já pode ir, que eu sei me virar.

- Ok, até a noite em casa. Beijo.

Enquanto Gabriel saía do carro percebeu um cheiro muito ruím, como se tivesse algo podre ali, mesmo assim ele foi em direção a secretaria para falar com a diretora.

- Com licença, gostaria de falar com a diretora.

- Só um minuto, é aluno novo? – Fala a mulher na secretária que estava no telefone.

- Sim.

- Então entre, ela está naquela sala ali ao lado.

- Está bem, obrigada.

Gabriel entra na sala para falar com a diretora que no momento olhava para a janela que dava no pátio por onde os alunos entravam na escola.

- Licença.

- Oi, entre.

- Você é a diretora?

- Sim, e você? Quem é?

- Sou Gabriel, aluno novo.

- Ah, um aluno novo, pois bem, veio buscar o bilhete para os professores, correto?

- Sim, e também gostaria de saber qual a minha sala.

- Claro, deixe me ver aqui. – A mulher abre uma pasta e começa a olhar os nomes.

- Pois bem, Gabriel Rodriguez certo?

- Isso.

- 1° D – Sala 25, deixe me ver... Fica nesse andar, quando sair é só ir pra esquerda a terceira sala.

- Obrigado.

- De nada e bem-vindo a nossa escola.

Gabriel sai da sala da diretora e vai em direção ao corredor, onde vê vários alunos entrando em suas salas, enquanto anda em direção a sala 25, onde fica sua turma. Ao chegar a sala, Gabriel bate na porta.

- Com licença, posso entrar?

- Ora, Ora, aluno novo? – Pergunta o professor.

- Sim.

- E qual é o seu nome “aluno novo”?

- Gabriel... Gabriel Rodriguez.

- Turma, Turma; temos mais um aluno novo esse ano. Seu nome é Gabriel, cumprimentem-o.

- E ai Gabriel. E ai. Fala ai. Opa. – Falam os alunos da sala.

Gabriel vai até uma carteira no fundo e senta.



- Então você é o Gabriel? – Pergunta a garota que sentava na sua frente.

- Sim, e você quem é?

- Raffaela, mais pode me chamar de Raffa apenas.

- Muito prazer Raffa, posso lhe pedir uma coisa?

- Claro! Pode pedir.

- Então, na hora do intervalo, sera que você pode me mostrar a escola?

- Com todo prazer, vou mostrar sim a você nossa escola!

-  Mais que rápido, aluno novo e já ta dando ideia na Raffa. – Fala um garoto que estava sentando ao lado de Gabriel.

- Cala boca Michael, ele só me pediu pra que eu mostra a ele a escola, nada demais.

- Aham, sei... vai mostrar algo mais? – Fala Michael

- Ai será que dá pra vocês ficarem quetos? To tentando me concentrar! – Fala um outro garoto sentado por perto.

- Ai Felipe, não finja estar fazendo lição, nós te conhecemos! – Fala Michael

- Ai seus idiotas, virem pra frente, vamos prestar atenção. – Fala Raffaela

- Espera, como é o nome do professor? – Pergunta Gabriel.

- Não sei, acho que é Patrick. – Responde Raffa.

- E é aula do que?

- Física. – Responde Felipe.

- Valeu.

A aula estava passando e a sala onde Gabriel estava era queta e o professor falava bastante, o sono e a desconcentração de Gabriel era visível, até que ele cair com a cara na carteira e dormir.

- EI! GABRIEL! ACORDA! – Fala Raffaela balançando Gabriel.

- Oi? NOSSA! Dormi mesmo! Em que aula estamos?

- Já é hora do intervalo, vamos! Estão todos saindo já!

- Nossa e ninguém me viu dormir?

- Não, todos aqui se concentram pra passar de ano! De qualquer forma vem!

- Está bem.

Os dois começam a andar pelos corredores, e Rafaela mostra a escola para Gabriel, que era muito grande.
- Nossa, essa escola é grande pra caralho!

- Pois é, mais logo você se acostuma e decora os lugares.

- Espero, pois não quero me perder aqui não! – Fala Gabriel em um tom sarcástico.

- Nossa já são 12:45! Daqui a pouco vai dar o sinal pra voltarmos pra sala, melhor a gente ir almoçar. – Fala Raffaela, enquanto olha pra o relógio em seu pulso.

- Nossa, que horas que vamos embora então?

- Como hoje é o primeiro dia a aula acaba só 17:30, mais é só hoje, amanhã já volta ao normal, que é acabar 15:30.

- Nossa que tédio, vamos lá almoçar então, que a fome ta foda aqui.

Gabriel e Raffaela vão até o pátio onde fica o refeitório e almoçam. No instante em que eles terminam de comer o sinal para ir para a sala toca, e os dois correm até a sala, que fica longe do pátio.

- Caramba, essa sala nossa aqui é bem longe do pátio! – Reclama Gabriel.

- Muito azar, queria ter caído em uma sala mais perto do pátio. – Fala Raffaela.

Quando os dois chegam na sala, todos os outros alunos já estavam sentados em seus lugares, mais o professor ainda não havia chegado. Então Gabriel pergunta:

- Esqueci de perguntar, quantos professores a gente já teve hoje?

- 3!

- Caramba, dormi mesmo aquela hora.

-Sim, hahaahahahahaha. – fala Raffaela rindo.

- Ai vocês dois falando de novo? – Fala Michael.

- Fica na sua Michael seu chato. – Fala Raffaela brava.

- Menina, você não sabe com quem tá falando!

- To morrendo de você seu baixinho narigudo! – Responde Raffaela

- HAHAHAHAAHAHAHAHA, toma essa ai Michael – Fala Felipe rindo da cara de Michael.

No mesmo instante o professor entra na sala.

- Espera ai aquele baixinho ali é o professor? – Pergunta Gabriel.

- Não sei acho que é. – Responde Raffaela rindo.

- Muito bem turma, eu sou seu novo professor de Português, e eu me chamo Ean César, sou novo aqui nessa escola, então por favor, vamos colaborar comigo ai, que eu to perdido ainda.

- Firmeza professor, se precisar só falar! – Responde um garoto sentado na primeira carteira do canto.

A aula seguia, e de novo Gabriel havia se distraído, sem nem perceber, dois professores já haviam passado na sala, e já era mais de 15:00.

- Ei Gabriel! Tá sonhando acordado ai?

- Oi? Eita! Pior que tava... – Enquanto Gabriel terminava de falar um estrondo bem alto veio de fora da sala.

- O que foi isso? – Pergunta Felipe.

- Sei não, alguém deve ter derrubado alguma coisa lá no pátio. – Responde Michael

- Uma coisa muito grande, porque o estrondo foi grande.

- Ei pessoal, vamos continuar a aula? Depois vocês discutem sobre esse barulho. – Fala o professor que via em direção a lousa e começa a escrever.

Todos ficaram quetos e voltaram a escrever, inclusive Gabriel, que finalmente havia se concentrado. Já era 16:00, estavam na aula de Matemática, e o professor explicava a matéria, quando ouviram várias pessoas falando fora da sala:

- O que está acontecendo nessa escola? Os alunos estão todos enlouquecendo, desse jeito nunca vamos tornar essa escola a melhor do país! – Fala uma voz feminina.

No mesmo instante as luzes começaram a piscar, e continuaram durando mais de 10 minutos, mesmo assim ninguém achou ruim, pensando que era apenas a luz que estava prestes a queimar.

- Tem algo muito estranho acontecendo nessa escola, eu estou sentindo isso. – Cochicha Gabriel para Raffaela.

- Impressão sua, deve ser só o stress de escola nova.

- Não é, eu tenho certeza que tem algo errado aqui.

- Fica calmo já está acabando a aula e você vai ver que está tudo indo perfeitamente bem.

- Tudo bem mais eu ainda acho que tem algo errado.



Quando o sinal bateu pra encerrar as aulas, todos se levantaram para ir embora, e quando saíram no corredor todas as luzes da escola haviam se apagado, e gritos, estrôndos, sons horríveis podia se ouvir vindo do pátio, e dos outros corredores.

- Socorro! Tem algo errado com os alunos do 2° A estão todos tentando se matar na sala!

O desespero de todos os alunos resultou em confusão em toda escola, que estava totalmente trancada, todas as portas e janelas estavam trancadas, ninguém saía e ninguém entrava.

Fim da Primeira Parte. 

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