Enquanto a
viagem seguia, Pedro decidiu ir até a ponta do barco para sentir um pouco da
brisa do mar, o que para ele era a melhor coisa no momento, já que ele não
conseguia tirar da cabeça aquela sensação, aquela tranquilidade que tava e o ar
batendo em seu rosto. Enquanto o resto da turma estava dentro do barco e
Gabriel e Bruno estavam na cabine dirigindo o barco. De repente Pedro olhou
para o horizonte e conseguiu encher a ilha lá no fim, quase invisível, quando
Carol, para do seu lado e pergunta:
- Ei! Pega o
Binóculo aqui e olha lá, que lindo! – Diz Carol esticando a mão para entregar o
binóculo a Pedro.
- Ah!
Obrigado Carol, deixe-me ver como é a ilha.
Pedro põem o
binóculo em seus olhos e começa a olhar para o horizonte e ver a ilha mais de
perto. Quando então Pedro se depara com uma cena estranha, eram centenas de
pássaros saindo da ilha em direção a leste, Pedro imaginou que algo ou alguém
os espantou, pois era a única explicação lógica para aquilo. Mesmo assim, Pedro
decidiu que não iria falar nada sobre aquilo para não preocupar Gabriel.
A viagem
seguia, e todos estavam se divertindo, Gabriel e Bruno estavam na cabine
conversando, enquanto Gabriel dirigia o barco, e o resto da turma estava dentro
do barco conversando e rindo, exceto por Pedro que ainda estava do lado de fora
sentado na ponta do barco, até que Carol surgi e pergunta:
- O que foi
Pedro? Porque você tá assim tao queto, você não é assim, está sempre tão
animado. – fala Carol olhando para o mar.
- Não é
nada, só estou um pouco tonto por que o barco está balançando demais.
- Vamos lá
Pedro, eu te conheço, sei que está mentindo, você sempre andou de barco e nunca
ficou assim, me fale o que você tem?
- Tá, mais
não conta para os outros, não quero que eles fiquem preocupados, para não
estragar a viagem. Tá bem?
- Ok, agora
me fala o que foi?
- Sabe
aquela hora que você me entregou o binóculo, então quando eu olhei pra ilha
pelo binóculo, eu vi uma cena estranha.
- O que você
viu? – Pergunta Carol já com um tom de voz mais aflito.
- Eu vi
centenas de pássaros saindo da ilha indo em direção ao leste.
- E o que
tem demais nisso? Eles devem estar migrando.
- Você não
entendeu, raciocina comigo, como centenas de pássaros sairiam de uma para o
leste? A única explicação é que algo ou alguém espantou aqueles pássaros.
- Pedro, por
favor, porq toda essa preocupação, você não lembra que o Gabriel disse que a
ilha é desabitada, não tem ninguém lá, e outra o pai do Gabriel é dono daquele
lugar, não tem como ter alguém lá!
- Eu ainda
acho que isso está muito estranho!
- Relaxa
Pedro, vamos curtir, essa viagem vai ser boa para esfriar a cabeça, ficar perto
da natureza, sem aquele ar urbano!
- Tá, tá vou
tentar esquecer aquilo que vi e curtir!
- Isso ai, é
assim que se diz, agora vamos lá beber.
Carol leva
Pedro até dentro do barco e pega uma cerveja pra que ele esfrie a cabeça, Pedro
sem pensar duas vezes pega a cerveja e começa a beber. No meio de toda a
conversa, e risadas, Bruno desce as escadas e diz:
- AI GALERA,
ESTAMOS CHEGANDO, subam aqui e vejam a ilha!
No mesmo
instante todos começam a subir a escada, para ver a ilha, quando finalmente o
barco para no pequeno cais que tem na ilha.
- MARUJOS
CHEGAMOS AO NOSSO DESTINO, POR FAVOR DESÇAM E NÃO SE ESQUEÇAM DE LEVAR SUAS
COISAS E COMEÇAR A ARMAR AS BARRACAS, POIS JÁ ESTÁ ANOITECENDO. ARGHHHHHH! –
Grita Gabriel com um tom de voz de pirata.
Todos saem
do barco se aliviando, por causa da viagem cansativa, que durou quase 5 horas,
nesse instante Gabriel chama todos os homens.
- AI PEDRO,
DIOGO, BRUNO E RAFAEL, vem cá vocês, vamos ter uma conversa rápida aqui. –
Grita Gabriel, chamando seus amigos para conversarem.
- Fala ai
Gabriel? – Pergunta Diogo
- Olha antes
de mais nada, preciso dizer que a gasolina do barco acabou, e estou sem
sinalizadores.
- O QUE? E
AGORA? COMO VAMOS VOLTAR? – pergunta Bruno aflito.
- Fiquem
calmos, daqui 7 dias agente da um jeito, eu vejo se consigo entrar em contato
diretamente com meu pai, mais /olha, não contem nada para as garotas, para que
elas não fiquem preocupadas, Ok?
- Está bem. –
concorda Pedro e os outros logo em seguida.
Ao saírem do
barco os garotos vem as garotas rindo e tentando montar as barracas, e é claro,
eles vão rapidamente até elas para ajuda-las.
A noite
seguia, as barracas já estavam todas prontas e a fogueira já estava acesa, Diogo decidiu que iria tocar uma música para todos cantarem, com seu violão, no
qual ele toca muito bem.
- Ai galera,
que tal cantar uma musiquinha em? – Pergunta Diogo.
- Eba! Toca!
– todos falam.
- Qual
música? – pergunta Diogo
- Toca Anna
Julia dos Los Hermanos
- Está bem –
diz Diogo afinam o violão e se preparando para tocar.
- Quem te vê
passar assim por mim. Não sabe o que é sofrer Ter que você assim, sempre tão
linda Contemplar o sol no teu olhar, perder você no ar Na certeza de um amor me
achar um Naadaa, Pois sem ter o teu carinho, eu me sinto sozinho eu me afogo em
Solidão...
- OH ANNA
JULIAAAAA! OH ANNA JULIAAAA... – todos começam a cantar.
Depois de
cantarem toda a música e beberem um porre, todos vão dormir, cansados, pois já era de madrugada e todos estavam muito cansados pois a viagem tinha sido longa
e já estavam bebendo desde que entraram no barco. Rafael apagou a fogueira e
todos foram deitar em suas respectivas barracas
.
Quando todos
acordaram de manhã, e começaram a preparar o café da manhã, mais se depararam
que Bruno e Gabriel tinham sumido, Pedro correu para avisar a todos, pois foi
ele quem reparou no sumiço dos dois.
- GALERA! O
BRUNO E O GABRIEL SUMIRAM!
- Acho
melhor irmos procura-los! – Responde Carol.
- Então
vamos, eles devem estar na floresta conversando!
Todos se
separam em grupos de 3 para a busca dos dois, por toda a ilha começam a
procurar, até que Carol e Rafael encontram Bruno morto, dipendurado em uma árvore
grande, com cortes em todo o corpo e sem as duas mãos e pés, com seu sangue
escorrendo por todo o tronco da árvore, e um olhar de desespero em seu rosto,
como se ele tivesse sido torturado antes de morrer. Carol assustada com aquela
horrível cena de seu amigo, começa a correr em direção a praia, Rafael vendo o
desespero de Carol corre atras dela.
- Calma
Carol, me espera! Precisamos encontrar os outros para avisar o ocorrido.
- Você não
viu o que fizeram com o Bruno, Rafael? Tem alguém nessa ilha, e ainda pior é um
psicopata desalmado, temos que sair daqui AGORA! – fala Carol chorando enquanto
abraça Rafael.
Fim da Segunda Parte.
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